A Receita Federal confirmou que centenas de itens de alto padrão apreendidos em setembro em Porto Alegre são falsificados. Os produtos, incluindo bolsas, acessórios e roupas, foram recolhidos em uma loja na Rua Vinte e Quatro de Outubro, no bairro Moinhos de Vento.
A confirmação se deu por meio de representantes das fabricantes, conforme a Receita Federal. Os produtos estampavam marcas de grifes francesas e italianas como Chanel, Louis Vuitton e Prada.
Foram as próprias grifes que denunciaram o caso após identificarem que alguns dos produtos vendidos não eram originais.
Segundo a Receita Federal, o estabelecimento não pode voltar a vender nenhum item. Conforme o órgão, a loja física permanece fechada.
— Nesse momento, o endereço que foi fiscalizado não está mais aberto, então negócios que venham estar ocorrendo podem estar sendo feitos através de comércio eletrônico e aí existem outras formas de fiscalização, que, basicamente, é em depósitos onde são guardadas essas mercadorias ou quando ocorre o transporte delas, por exemplo, nos correios — explicou o auditor fiscal chefe substituto da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho, Leonardo Andreas.
Os produtos eram vendidos por até R$ 20 mil, tanto na loja física quanto no site. O estabelecimento tem 112 mil seguidores no Instagram, onde se apresenta como uma loja de "importados de luxo". O nome do local não foi divulgado, mas Zero Hora apurou que se trata da Saga Luxury.
Ainda de acordo com a Receita, o proprietário da Saga Luxury é um indiano, que não teve a identidade divulgada. Desde a apreensão, ele não apresentou comprovantes de importação regular e autenticidade da mercadoria. Zero Hora contatou um homem que se identifica como o proprietário da loja. Ele optou por não se manifestar.
Até o momento, o caso não é acompanhado pelas polícias Civil (PC) ou Federal (PF). Caso seja verificada reincidência do proprietário, será preciso apurar se o contrabando configura crime fronteiriço (de responsabilidade da PF) ou de receptor dentro do Brasil (de responsabilidade da PC).
Essa indicação de quem deverá investigar o caso pode ser definida tanto pela Receita Federal quanto pelo Ministério Público.
*Produção: Maria Stolting