As reformas das Estações de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap) estão sendo iniciadas em Porto Alegre. O trabalho faz parte do projeto de reconstrução do sistema de proteção contra cheias. As casas de bombas 17 e 18, localizadas na Avenida Mauá, centro da Capital, tiveram as obras iniciadas na quinta-feira (5). No entanto, processos contratuais impedem que haja uma data de conclusão.
As bombas são as responsáveis por retirar para o Guaíba a água da chuva que é drenada pela rede pluvial da cidade. Em maio, com a elevação excessiva do nível do rio, a água invadiu 18 das 23 casas onde ficam essas estruturas, impedindo que elas funcionassem. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) garante que as obras não afetarão o funcionamento das bombas.
Zero Hora esteve em frente à Ebap 17 na manhã desta sexta-feira (6). Alguns trabalhadores faziam a derrubada de um muro de tijolos. No seu lugar, deverá ser construído um muro de concreto e aço, para deixar o local mais resistente em futuras enchentes.
Além disso, será construída uma chaminé ao lado do poço de visita, espaço de onde chega a água da rede pluvial. Em maio, foi através desta estrutura que a água do Guaíba invadiu a casa de bombas. Segundo o Dmae, com o novo mecanismo, a água subirá pela chaminé ao invés de invadir o solo. O mesmo deve ser feito na estação 18.
As duas reformas fazem parte de um contrato de manutenção firmado antes da enchente pelo Dmae. No entanto, alguns ajustes, como elevação de painéis elétricos, instalação de geradores e substituição de motores, só serão feitos após a contratação de uma nova empresa, que fará também a reforma das demais 16 Ebaps afetadas pela enchente (são 23 ao todo na cidade).
O departamento aguarda a entrega dos estudos, elaborados por outra empresa, para abrir a licitação para a execução da obra. A expectativa é que esses documentos estejam prontos ao longo das próximas semanas. Por conta disso, não é possível estabelecer prazos de conclusão, nem de início das demais obras.
O plano de reconstrução do sistema de proteção contra cheias prevê ainda obras em diques e comportas. Um dos diques que rompeu durante a catástrofe, localizado ao lado da Fiergs, no bairro Sarandi, teve os trabalhos iniciados na última semana. O outro, na Vila Nova Brasília, no mesmo bairro, deve sofrer as primeiras intervenções em até 15 dias. Já a reformulação das comportas está em fase de estudos.