Neste domingo (19), a Trensurb realizou uma avaliação de parte da sua ferrovia. O trecho que foi analisado pelos técnicos da empresa está entre as estações São Leopoldo e Mathias Velho, em Canoas. Esse movimento faz parte de um trabalho diário que não estava sendo realizado em razão das enchentes que tomaram conta do Rio Grande do Sul.
A principal ferramenta para realizar esse trabalho é o caminhão rodoferroviário. Ele tem capacidade de se adaptar a estradas e trilhos.
Os principais pontos observados pelos técnicos da Trensurb são cabos de energia que ficam suspensos em todo o trajeto da ferrovia e trilhos que podem sofrer com vandalismo ou animais mortos. Nessa avaliação pontual, nenhum problema foi encontrado. Porém, isso não significa que os trens possam voltar a circular normalmente.
De acordo com o diretor-presidente da Trensurb, Fernando Marroni, não é possível trabalhar com previsão de retorno por conta de outros problemas causados pela chuva. Além dos trilhos submersos pelas inundações em alguns pontos, praticamente toda a frota de trens está estacionada em Novo Hamburgo. Esses trens precisam de manutenção no pátio da Trensurb que está com aproximadamente 30 centímetros de lama. São fatores que prejudicam qualquer retomada integral das operações.
— Fizemos o deslocamento de 36 trens para a região do Vale dos Sinos, em Novo Hamburgo. Três ficaram no pátio da Trensurb e um ficou ilhado na Estação Mercado. Mas acreditamos que vamos conseguir recuperá-los — afirma.
Porém, Marroni garante que a partir do fim da inundação e da limpeza do pátio onde ficam os trens no bairro Humaitá seja possível ter uma perspectiva em relação ao retorno do serviço. Sem funcionamento, a Trensurb deixa de atender 110 mil pessoas em Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo.