A Companhia Carris Porto-Alegrense confirmou na tarde desta quinta-feira (1º) a demissão de 87 funcionários da empresa, agora sob administração da Empresa de Transporte Coletivo Viamão Ltda. Esses trabalhadores fazem parte de um grupo de cerca de 230 profissionais que não possuem estabilidade garantida na Carris durante o primeiro ano de privatização.
Antes das demissões, a empresa tinha cerca de 1.125 funcionários ativos. O edital que concedeu a companhia à iniciativa privada garantiu a manutenção do vínculo empregatício para 895 servidores durante os primeiros 12 meses depois da assinatura do contrato. A Carris não informou os critérios utilizados para definir quem seria demitido.
A Carris afirmou que a adequação do quadro também prevê a contratação de novos profissionais e que opera dentro do que é exigido no edital. Questionada sobre o pagamento das rescisões aos funcionários, a Carris disse estar cumprindo todas as exigências da legislação trabalhista.
Segundo a companhia, não haverá alteração de itinerários, horários e rotas dos ônibus da empresa.
De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), mesmo com a transferência do controle empresarial e acionário da Carris, a fiscalização continuará sendo regulada pelo setor público.
A reportagem de GZH procurou o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte, que ainda não se manifestou
sobre o assunto.
Confira o posicionamento da Carris
“O foco da Carris é melhorar a operação e a qualidade do serviço de transporte de passageiros oferecido pela empresa, dentro dos custos estabelecidos pelo órgão gestor. Desde que a nova gestão assumiu, em 24 de janeiro deste ano, vem sendo realizada a revisão de contratos, a fim de adequar o quadro às necessidades da empresa.
Foram desligados, nesta quinta-feira (1), 87 funcionários. A adequação do quadro também prevê a contratação de novos profissionais, além de treinamento e formação dos funcionários que já fazem parte da companhia.
A empresa tem o compromisso de manter a maioria dos funcionários do quadro atual. Além disso, garante que não ocorrerá prejuízo aos passageiros por falta de pessoal. Não haverá alteração de itinerários, horários e rotas dos ônibus."