A venezuelana Diana Tuaty, 28 anos, veio para Porto Alegre após ganhar uma bolsa para estudar Publicidade e Propaganda na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Era janeiro de 2015, e a escolha pela cidade aconteceu de forma aleatória.
— O programa de bolsas não permitia escolher o lugar, apenas a região. Escolhi o sul do Brasil — lembra Diana, esclarecendo que entre as faculdades integrantes da relação, o curso que ela queria era oferecido na PUCRS e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Diana é de San Cristóbal, capital do Estado venezuelano de Táchira, e jamais imaginou permanecer na capital gaúcha.
— Não imaginava — diverte-se. — Meu plano era ficar só durante a graduação do curso, pelo período de quatro anos — complementa.
Na época, a venezuelana namorava um jovem de Florianópolis. Optou por mudar-se para Santa Catarina, mas o relacionamento não deu certo. Era hora de pegar a mochila e voltar.
— Aqui é onde tenho mais amizades e morei por mais tempo. Apesar de Florianópolis ser uma cidade muito linda, me sentia mais confortável em Porto Alegre — diz.
A impressão de Diana sobre a Capital, contudo, não era das melhores no início.
— Quando cheguei em Porto Alegre, confesso que achava a cidade muito feia. Não havia muito o que fazer, tinha a Redenção e o Parcão. Naquela época, a Orla não estava renovada — explica.
O tempo, porém, mudou a percepção da publicitária.
— Nos últimos anos, comecei a gostar muito da cidade e não me imagino morando em outro lugar.
Os motivos foram as transformações realizadas recentemente no espaço urbano, como a renovação da Orla, por exemplo.
— Tem um espaço lindo de lazer e mais seguro. Antes, sentia que tinha muita insegurança — cita, complementando:
— Também teve a abertura do Cais Embarcadero e a chegada das bikes compartilhadas, que dá para se cadastrar e pegar, além das ciclofaixas que começaram a fazer. Sinto que a cidade ficou muito mais linda, urbana e segura desde que cheguei.
Como trabalha com publicidade junto à gastronomia, Diana sempre gostou de sair para almoçar e jantar fora de casa. Já a adaptação à língua foi algo difícil para a moradora do bairro Cidade Baixa.
— Na faculdade me exigiam aprimorar o português. Além disso, sentia que eu precisava falar melhor para me relacionar com as pessoas — relembra a venezuelana, que domina idiomas como inglês e alemão.