A Guarda Municipal registrou mais ocorrências e mais detenções em 2022 do que no ano anterior. Foram 170 prisões em 130 atendimentos frente a 157 detenções em 123 ocorrências atendidas em 2021. Os números foram divulgados pela Secretaria Municipal de Segurança de Porto Alegre.
Os aumentos de 8% nas detenções e de 5% nas ocorrências atendidas são atribuídos à proximidade com a comunidade e à integração com as demais forças de segurança, nas palavras do responsável pela pasta, o coronel da Brigada Militar Mário Ikeda.
Chama a atenção a concentração de um terço dos atendimentos ter sido registrado nos bairros Praia de Belas (30) e Centro Histórico (27). As 57 situações com intervenção da Guarda Municipal nestas regiões evidenciam uma atenção focada nos três trechos da orla do Guaíba e ruas adjacentes.
— São locais que temos uma atenção especial, com patrulhamento e monitoramento via câmera 24 horas por dia, pois são foco de circulação de pessoas — justifica o secretário Ikeda.
A maioria das ocorrências combateu crimes de furto, principalmente de cabos de energia: foram 18 ações contra autores de furtos em geral e outras 13 impedindo ou registrando o furto de componentes da iluminação pública. Os números também revelam a recaptura de 13 foragidos do sistema carcerário e a autuação de 10 pichadores, além de 12 flagrantes de tráfico de drogas.
— O trabalho da guarda é mais preventivo, de patrulha e apoio a operações integradas. Nas ocorrências de tráfico e recaptura de fugitivos, sim, são prisões que resultam em uma detenção por mais tempo do que as outras que fazemos — complementa o coronel da Brigada Militar e responsável pela segurança pública da Capital.
Reincidência, lesão e multa
Em junho, um cadeirante de 25 anos foi detido pela quinta vez por pichação de paredes inferiores do viaduto Otávio Rocha, que passa por cima da Avenida Borges de Medeiros, no Centro. O pichador, inclusive, contou aos policiais que registraram a ocorrência na 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), na ocasião, que foi a partir de um acidente durante uma pichação que ele passou a necessitar de cadeira de rodas para se locomover.
O cadeirante foi flagrado durante uma ação em conjunto com 20 agentes de Guarda Municipal, Polícia Civil e EPTC, que costuma ocorrer em várias regiões da área central, mas principalmente na Cidade Baixa e no Moinhos de Vento.
A punição prevista, nestes casos, é de reclusão de três meses a um ano, além de multa. Ele foi autuado pela prefeitura com base no Código de Posturas de Porto Alegre, que prevê multa diária de R$ 3,7 mil, podendo chegar a R$ 12,8 mil, em valores atuais, pela prática de pichação.