Por meio de flores, cartazes e fotos dispostos ao redor de um memorial, familiares de vítimas do acidente com o voo JJ3054 da TAM marcaram, na tarde deste domingo (17), em Porto Alegre, a passagem de 15 anos desde a tragédia que provocou a morte de 199 pessoas na capital paulista.
A cerimônia teve início com um toque de silêncio, pouco depois das 14h30min, e contou com manifestações de parentes de algumas das 98 vítimas gaúchas e de representantes religiosos.
— Nunca deixaremos de cultuar a memória daqueles que agora são estrelas e jamais deixarão de brilhar sobre nós — afirmou o jornalista Roberto Corrêa Gomes, que perdeu o irmão Mário Gomes no episódio, então com 49 anos, e é integrante da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ3054.
Em meio à emoção das cerca de duas dezenas de pessoas presentes, Roberto recordou que, de 11 indiciados pela tragédia, três foram a julgamento, mas não houve condenações.
Foram lembrados ainda os nomes de oito familiares vinculados à associação que morreram nos últimos dois anos, em parte devido à covid-19.
Os discursos foram feitos junto ao memorial instalado no chamado Largo da Vida, uma rótula da Avenida Severo Dullius próximo ao aeroporto Salgado Filho — de onde partiu a aeronave dia 17 de julho de 2007 rumo a Congonhas, em São Paulo. O avião não conseguiu frear no pouso e se chocou contra um prédio ao final da pista, de outro lado de uma avenida. Não houve sobreviventes.
No centro do círculo formado pelos familiares, um cartaz dizia "15 anos de saudades", e fotos lembravam algumas das vítimas.
Está prevista ainda uma segunda homenagem aos mortos na tragédia neste domingo, em uma missa a ser realizada às 18h, na Catedral Metropolitana.