Nos primeiros 25 dias do ano, as estações de bombeamento de água de Porto Alegre registraram 43 quedas de luz. O levantamento é do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), a partir de solicitação de GZH.
A falta de energia elétrica em janeiro já representa 22% do total de quedas ocorridas no ano passado nas casas de bombas da Capital. Em 2021, foram computados 191 desabastecimentos.
De acordo com o Dmae, a prefeitura estuda, junto à CEEE Equatorial, alternativas para evitar a oscilação de energia nas 169 estações. O uso de geradores, no entanto, é descartado por conta do alto valor de investimento. Seriam necessários 350 grupos de geradores, num valor estimado de R$ 100 milhões. Além disso, os locais teriam que passar por uma ampliação, para acomodar os equipamentos.
Entre as alternativas estudadas está a mudança na potência das casas de bombas, para linhas mais estáveis. No entanto, essa troca também exige investimentos por parte do governo municipal e da concessionária.
Confira a íntegra da nota do Dmae:
“Sobre os geradores para as estações, o Dmae esclarece que possui ao menos 169 estações, desde captação, tratamento e bombeamento de água, de esgoto sanitário e de esgoto pluvial. Estas estações possuem potência instalada variando de 150 kVA a 4000 kVA. Qualquer uma destas instalações falhando por falta de energia elétrica produz transtornos para a comunidade, em maior ou menor escala. Para que houvesse "garantia" de que não haveria interrupção dos serviços do Dmae em função da falta de energia, seria necessário que a autarquia adquirisse cerca de 350 grupos geradores, com investimento superior a R$ 100 milhões. Além disso, precisaria contratar equipe especializada para realizar a operação e manutenção dos equipamentos e licença ambiental para acondicionamento de combustível (diesel). Também haveria necessidade de ampliar o espaço das estações para comportar os geradores que, a fim de mantê-las em funcionamento, possuem grande tamanho, e da compreensão da população quanto ao barulho e odor produzido pelos equipamentos. Portanto, o Dmae entende que a cobrança por falta de energia deve ser atribuída à concessionária responsável pelo fornecimento de luz, tal como é de competência do Departamento a cobrança quanto ao fornecimento de água. Assim, estudam-se alternativas em conjunto com a CEEE, mas que dependem, igualmente, de alto investimento.”