A chuva que atingeiu Porto Alegre e a Região Metropolitana na tarde desta segunda-feira (17) provocou estragos. Em Guaíba, uma escola e uma igreja foram destruídas, moradores ficaram desabrigados e ruas foram totalmente bloqueadas por árvores e postes que caíram. A prefeitura decretou situação de emergência devido aos estragos. Já foram recebidos mais de mil pedidos de lona e telhas.
Na Capital, há semáforos fora de operação e ao menos três ruas ficaram totalmente bloqueadas devido ao acúmulo de água. Na Rua Coronel Massot, na Zona Sul, uma árvore caiu, interditou a via entre as ruas Cássio de Medeiros e Osório Duque Estrada.
Duas estações de bombeamento do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) pararam de funcionar devido à falta de energia. A Casa de Bombas 6 atende a região próxima à BR-290 com a BR-116. Já a Casa de Bombas 10 atende a região das vilas Elizabeth, União e Nova Brasília, junto ao dique do Arroio Passo das Pedras.
Em Canoas, no bairro Matias Velho, o nível da água impediu a circulação de veículos. Um dos pontos mais críticos foi na esquina das ruas Coronel Vicente com José Maia Filho.
Em algumas residências, a água da chuva chegou até o pátio. O aposentado Gilberto Bunick conta que, se sua casa fosse mais baixa, poderia ter tido prejuízos com os alagamentos.
— Essa situação nunca aconteceu aqui na minha rua. Começaram algumas obras e agora tá assim. Ja mandei minha esposa esperar para voltar pra casa, estamos ilhados — afirma.
Em todo o Estado, há 120 mil pontos sem energia elétrica. Na área de concessão da CEEE-Equatorial, são 75 mil clientes. O maior número de ocorrências são Porto Alegre, São Jerônimo, Viamão, Alvorada, Guaíba, Eldorado do Sul, Itati, Mostardas, Três Forquilhas, Bagé, São Lourenço do Sul, Encruzilhada do Sul e Turuçu. Já na área da RGE, são 45 mil — a maioria na Região Metropolitana.