Nesta quarta-feira (21), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo se reuniu com secretários para discutir o plano de desestatização da Carris. No encontro, que aconteceu no auditório da EPTC, foi apresentado um estudo sobre a empresa, que teve início ainda na administração anterior, e os convidados puderam apresentar sugestões para compor o projeto que deve ser apresentado para os vereadores nos próximos dias.
Existem três opções para que a empresa deixe de ser controlada pela prefeitura e passe para a iniciativa privada. A Carris pode ser privatizada, que é quando ela é vendida e passa a ser administrada pela inciativa privada. Também há a opção de associar a empresa, que significa a venda de uma parte e o restante segue sendo de posse da administração pública.
Por fim, a Carris pode ser licitada, que é quando patrimônio da empresa é vendido, mas os serviços são licitados e executados por empresas privadas. Neste último caso, as linhas de ônibus passariam a ser operadas por outras empresas que já realizam este serviço na capital. A prefeitura ainda não definiu qual modelo irá seguir.
— Não sabemos se alguém vai ter interesse em comprar. Todo mundo sabe que a empresa dá prejuízo há, pelo menos, 10 anos. Por isso, essas outras possibilidades devem ser apresentadas e debatidas, mas não quer dizer que é isso que apresentaremos no plano — disse o secretário de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Záchia.
Ele é responsável pela elaboração do plano junto com a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini. Záchia ainda destaca que a elaboração ainda está na fase inicial e todas as ideias são preliminares. Sobre a possibilidade de que haja uma licitação de linhas, o secretário disse que no momento essa não é a ideia do projeto.
— Ainda é tudo preliminar, a gente está começando a elaborar. A licitação de linhas só irá ocorrer caso não haja interessados em comprar a empresa.
De acordo com a prefeitura, o passivo trabalhista da empresa é de cerca de R$ 18 milhões e deve ser pago com a venda da empresa do terreno da empresa, avaliado em RS 36 milhões. De acordo com Záchia, esse valor não pode ser tido como absoluto, já que é preciso avaliar o impacto ambiental do terreno e o custo para deixá-lo sem vestígios de combustíveis, já que há um posto de abastecimento da frota no local.