Uma audiência pública para tratar sobre como deve funcionar a adoção do muro da Mauá contou com a participação de duas empresas nesta sexta-feira (23), em Porto Alegre. A ação, que foi presencial, foi realizada no intuito de sanar dúvidas sobre como será feito o processo. A prefeitura propõe um contrato de dois anos de adoção.
Até o momento, no entanto, nenhuma proposta de adoção foi enviada para a prefeitura. O edital de chamamento público foi lançado na última segunda-feira (19) e as empresas podem enviar as propostas até as 18h do dia 31 de maio, na sede da Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos. Não é preciso ter participado da audiência pública para enviar propostas.
De acordo com a secretária municipal de Parcerias, Ana Pellini, a participação das duas empresas é positiva, e a ideia da prefeitura é que, por meio da adoção, os moradores da cidade se conectem com o espaço:
— Muito se fala sobre a possibilidade de derrubar o muro. Mas, se isso ocorrer, será daqui a algum tempo, com certeza em mais de dois anos. O que queremos é mostrar que essa possibilidade de adoção faz parte de um projeto maior para o Centro Histórico. Não é apenas uma pintura, queremos tornar esse espaço um ponto de atração, em que as pessoas parem para olhar, fotografar, interagir, curtir a cidade — explia Ana.
De acordo com a secretária, a empresa escolhida poderá usar de vegetação, mobiliário urbano, iluminação e outros elementos para ocupar o espaço. O edital prevê a adoção de 750 metros do muro da Mauá, localizado entre a Secretaria Estadual da Fazenda e a cerca divisória que fica em frente à Rua General Portinho. Além do muro, os cinco canteiros existentes no trecho também estão incluídos no edital.
— Como contrapartida por essa contribuição para o embelezamento da cidade, o adotante poderá utilizar 15% da área total adotada para divulgar a sua marca, além de poder colocar uma placa no local que descreva as benfeitorias realizadas. Fora esses 15%, é possível fazer outras intervenções, como colocar placas comemorativas, murais, obras de arte, grafite e outras técnicas — complementou a secretária.
Os projetos entregues deverão conter o modelo paisagístico proposto pelo adotante.