A tarde marcada pelo forte vento em Porto Alegre animou o engenheiro Andreas Hösch, de 58 anos. Com rajadas que superaram os 50 quilômetros por hora, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ele saiu da Zona Sul para encarar a ventania na orla do Guaíba. Usando uma vela — similar ao equipamento utilizado em esportes náuticos — acoplada a um skate, ele aproveitou a tarde para praticar o windskate na capital.
Morador do bairro Vila Assunção, na zona sul da cidade, o ex-empresário e engenheiro sempre gostou de esportes. Nos anos 80, participava de regatas de windsurf. Um dia, viu uma pessoa utilizando a vela acoplada ao skate e se apaixonou.
— Vi uma pessoa passando lá no Jangadeiros. Me deram a ideia e aí eu comecei a praticar. Depois, larguei as competições, fui ficando mais velho, e trabalhando.
Nos anos seguintes, casamento, família e as atividades como engenheiro e empresário o fizeram se afastar do windskate. Até que em 2012, retornou à prática, ou em Porto Alegre, ou em Rainha do Mar, no Litoral Norte. Andreas destaca que andar sobre o skate é o "seu esporte", e reclama de praticar o esporte sozinho muitas vezes.
— Tem pouca parceria. Os caras novos não querem andar com velhos. Os mais antigos estão vendo futebol — brincou ele, enquanto esperava na orla um amigo que também é praticante do esporte.