A prefeitura de Porto Alegre estima que a festa que celebrou a chegada de 2020 custou cerca de R$ 530 mil. A contabilidade deve ser fechada nas próximas semanas, e a Secretaria de Cultura, que organizou o evento, calcula que o valor final pode até ficar abaixo da projeção inicial. Neste ano, o município recorreu à Lei Rouanet pela primeira vez para captar patrocinadores e viabilizar a programação que levou 160 mil pessoas à orla do Guaíba na virada de terça-feira (31) para quarta-feira (1º).
A engrenagem financeira por trás do espetáculo contou com patrocinadores, apoiadores e a própria prefeitura, que reforçou os efetivos dos serviços de limpeza, segurança e fiscalização. Três patrocinadores foram captados por meio da lei de fomento e cada um ficou responsável por uma despesa. Como contrapartida, as empresas poderão abater os valores no Imposto de Renda. Por ter dado o aval ao projeto via Rouanet, o governo federal também figurou entre os patrocinadores no material de divulgação do evento.
A Caixa Econômica federal desembolsará aproximadamente R$ 80 mil nos cachês dos artistas que se apresentaram no palco montado ao lado da Usina do Gasômetro. Enquanto isso, a JP Produções se responsabilizou pela infraestrutura, com montagem de palco, som e luzes totalizando cerca de R$ 150 mil. Já a Companhia Zaffari bancará o espetáculo de fogos de artifícios, que coloriu o céu da Capital por 10 minutos. O valor exato ainda será negociado, mas no ano passado essa rubrica saiu em torno de R$ 200 mil.
O secretário municipal da Cultura, Luciano Alabarse, destaca que a tramitação do projeto do Réveillon na Orla levou seis meses, entre a estruturação da proposta e a aprovação pelo Ministério da Cidadania, que até novembro era responsável pela chancela dos projetos culturais. Posteriormente, a Secretaria de Cultura do governo federal migrou para o Ministério do Turismo. A estratégia da prefeitura mudou em relação a 2018, quando fez a festa buscando diretamente os patrocínios.
- Em 2018, tudo era uma incógnita. Fizemos o Réveillon na raça, em dois meses. Não havia tempo para fazer projeto de captação via lei de fomento - ressalta Alabarse, que acredita que a fórmula de 2019 deve ser repetida nos próximos anos.
Alabarse ainda estima que outros R$ 100 mil, na forma de serviços e permutas, por vezes sem desembolso direto de recursos da prefeitura e de apoiadores, também ajudaram a viabilizar a festa. Por exemplo, a rede Master Hotéis disponibilizou hospedagem para os artistas, o Restaurante 360 forneceu o serviço de alimentação dos profissionais envolvidos no evento e a Associação de Gastronomia Itinerante do Rio Grande do Sul ofereceu os banheiros químicos.
Já a administração municipal contribuiu em itens como o aluguel de ambulâncias e a mão de obra de profissionais de segurança, limpeza e fiscalização de trânsito e de comércio ambulante.
Quem viabilizou a festa
Patrocinadores: Caixa Econômica Federal, Companhia Zaffari, Governo Federal e JP Produções
Apoiadores: Federação Afro Umbandista e Espiritualista, Associação de Gastronomia Itinerante do Rio Grande do Sul, Sheik Burguer, Restaurante 360, Rede Master Hotéis, Porto Alegre 10 Turismo, Noiva do Caí II Turismo, Cisne Branco e Hub Final