Fechada há quase dois anos, a Usina do Gasômetro deve ser devolvida à comunidade em 2021. A prefeitura de Porto Alegre lançou nesta segunda-feira (26) o edital de licitação para obra de requalificação do espaço, cuja duração estimada é de 14 meses.
Os envelopes devem ser abertos em 26 de setembro. Depois disso, há cinco dias para recurso. Caso o processo corra sem interferências, a estimativa da prefeitura para a assinatura da ordem de início é fim de novembro ou começo de dezembro. Os trabalhos devem ser concluídos no começo de 2021.
O projeto de revitalização foi elaborado pela empresa 3C Arquitetura e Urbanismo. Com a reforma, o cinema mudará de lugar: deixará o terceiro andar e irá para o térreo, abaixo do teatro. A alteração foi realizada por orientação das equipes de segurança, pois facilita a evacuação em emergências. A porta principal também será alterada. O acesso será pela parte lateral do prédio, frente para a orla.
No segundo pavimento será inaugurado o Teatro Elis Regina, no formato de arena — assentos em volta do palco poderão abrigar até 300 pessoas. Um restaurante deve ocupar parte do terraço. Haverá, ainda, duas novas escadas, uma voltada para os trilhos do aeromóvel e outra que dará acesso ao terraço, reforçando a ideia de independência dessa área.
O custo total da obra, cujo projeto passou por alterações para ficar mais barato — a previsão inicial era de um investimento de R$ 40 milhões — e atender a exigências dos bombeiros, é de R$ 12,5 milhões. A maior parte da verba, R$ 10 milhões, virá de um empréstimo da Corporação Andina de Fomento (CAF).
—Muitas obras em Porto Alegre não andaram por problemas no projeto. Nesse caso perdemos muito tempo planejando para ter entregas mais confiáveis — disse o prefeito Nelson Marchezan.
Para conseguir o repasse total dos recursos da CAF, a prefeitura teria de concluir a obra em agosto de 2020. Como isso não irá ocorrer, será necessário negociar com a CAF uma prorrogação de contrato. Nesse caso, o banco precisará ser convencido que as obras estão em andamento. Se a reforma estiver parada, a CAF poderá cancelar as parcelas. Os demais R$ 2,5 milhões virão do orçamento da prefeitura.