A chuva e as fortes rajadas de vento que atingiram Porto Alegre no final da tarde de sexta-feira (3) não foram precedidas de alertas por parte da prefeitura. Desde dezembro, a cidade não conta com serviço de meteorologia.
— Tínhamos contrato de meteorologia com uma empresa, que atendia ao Ceic (Centro de Comando Integrado da Cidade). Com o pedido de rescisão pela empresa, ficamos descobertos — afirmou o coordenador-geral da Defesa Civil municipal, Adriano Krukoski, na manhã desta segunda-feira (6).
Krukoski ressalta que o poder público trabalha em uma licitação para que o serviço volte a ser prestado. Mas pondera:
— Temos por meta emitir alertas apenas quando está confirmada a previsão do tempo. A entrada dessa chuva em Porto Alegre se deu de última hora. Ia chover, mas nenhum site de previsão meteorológica previa a velocidade de vento que entrou em Porto Alegre.
A chuva provocou alagamento em mais de 20 ruas da Capital e trouxe uma série de transtornos a motoristas, usuários de transporte público e do sistema de saúde. Pelo menos 15 grandes avenidas tiveram acúmulo de água a partir das 17h30min, de acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). No Instituto de Cardiologia, um pedaço do forro da emergência do SUS desabou perto de duas camas de pacientes. A entrada da Assembleia Legislativa alagou, assim como o Túnel da Conceição, que no sentido bairro-Centro teve a passagem interrompida.