O ato que interrompeu o trânsito e paralisou linhas de ônibus na noite desta terça-feira (23), em Porto Alegre, terminou com três pessoas detidas. Na última semana foram divulgadas informações sobre casos de supostos raptos de crianças na região.
Conforme o comandante de policiamento na Capital, tenente-coronel André Luiz Nickele Córdova, dois dos detidos estavam envolvidos em ações para promover as barricadas na região da Faculdade Porto-Alegrense (Fapa), na Avenida Manoel Elias, no bairro Mario Quintana. Os focos de incêndio se espalharam por várias vias da região obrigando o Corpo de Bombeiros a apagar diversos pontos. A circulação de ônibus foi interrompida na região até o término do protesto, por volta das 00h30min desta quarta-feira (24). Houve casos de depredação dos coletivos durante o dia.
Conforme Córdova, um dos três detidos foi flagrado chegando ao local com materiais para montagem de outra barricada, mesmo quando ao término do protesto. Os três flagrados foram encaminhados à 3ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento.
Durante a tarde de terça-feira (23), a 18ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro Mario Quintana, foi cercada por manifestantes. Os populares acreditavam, a partir de boatos espalhados nas redes sociais e em aplicativos de mensagens após a morte da menina Eduarda, que um suspeito das supostas ações contra as crianças estaria no local.
Cerca de 80 policiais atuaram na região ao longo do dia e em torno de 60 agentes permaneceram no local durante a noite. Na manhã desta quarta-feira (24), os ônibus circulavam normalmente pela região.