Quem passa pela Avenida Bérico José Bernardes, no bairro Planalto, em Viamão, em frente ao Hospital Veterinário, encontra um obstáculo no meio do caminho. Desta vez, não é um buraco, e sim, um poste. Depois de uma obra na calçada, para ampliação da rua, o pilar, que ficava no passeio, agora está no meio da via, onde há circulação de veículos.
Para o vendedor Itabajara Feijó, 35 anos, a mudança pode causar acidentes para quem passa pela via:
– Tenho certeza que, de noite, alguém vai tentar ultrapassar e bater no poste. Ninguém vai vê-lo –comenta o vendedor.
Segundo ele, ainda há outro problema, pois a avenida tem pouca iluminação:
– É escuro à noite, não tem número de lâmpadas suficiente.
Rota perigosa
Além da falta de luz, o vendedor salienta que a avenida é movimentada, o que o preocupa ainda mais:
– As pessoas andam com velocidade alta, então a visibilidade é pior ainda.
Questionado sobre suposições de como o poste foi parar no meio da via, Itabajara ri.
– Não dá pra entender! Quem faz esse tipo de coisa? –questiona.
Prefeitura e CEEE se contradizem
A CEEE explicou que, quando a prefeitura realiza uma obra, como a da Avenida Bérico José Bernardes, de ampliação da rua, deve submeter um projeto elétrico à aprovação da distribuidora de energia. Após a aprovação, precisa contratar prestadora de serviços para executar a obra. A empresa salientou que o projeto de deslocamento do poste já havia sido aprovado pela Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D) em 3 de maio deste ano, quando foi encaminhada carta com as informações sobre custos, responsabilidades e procedimentos. Nela, inclusive, havia a orientação de que a prefeitura de Viamão deveria contratar uma prestadora de serviços cadastrada na concessionária para executar a obra.
A posição da prefeitura, no entanto, contradiz o que foi declarado pela companhia de energia, de que o projeto já estaria aprovado e dependendo somente da atuação do município. A administração municipal alega que já havia solicitado a remoção do poste para a calçada e que o remanejo estaria pendente de liberação por parte da CEEE, que teria dado até 30 dias para solução do caso. Nesta terça-feira (25), após contato do Diário Gaúcho, a prefeitura informou que colocaria sinalização no local.