A renovação da frota de ônibus de Porto Alegre em 2019 deve ser 1,77% menor do que 2018. A estimativa é da Associação de Transportadores de Passageiros (ATP), representante das empresas concessionárias. A mudança se daria em função da aprovação, nesta quarta-feira (9), pela Câmara Municipal, do projeto de lei do Executivo que ampliou o tempo de vida útil dos coletivos para 12 e 13 anos, conforme categoria.
O projeto aprovado permite que as empresas utilizem os ônibus comuns por até 12 anos e especiais (articulados ou movidos por combustíveis renováveis) por 13 anos. O limite atual é de 10 anos. Além disso, as empresas só poderão adquirir veículos zero quilômetro, equipados com ar-condicionado e que apresentem chassi e carroceria com idade não superior a dois anos.
Hoje, as empresas precisam renovar anualmente 10% da frota. Conforme o diretor-executivo da ATP, Gustavo Simionovschi, o índice é equivalente ao tempo de vida útil dos coletivos, o que significa que, com a mudança aprovada pela Câmara, o índice do cálculo deve passar para 12% (por causa dos 12 anos de vida útil) sobre o número total da frota (1.648 veículos). Deste modo, as empresas precisariam renovar 8,33% da frota. Cada coletivo, segundo Simionovschi, custa entre R$ 370 mil e 400 mil.
– Se pegar a frota, tu deixas de renovar 28 ônibus. Significa um custo de R$ 11 milhões que vai sair da planilha – afirmou.
Simionovschi também afirma que a exoneração de R$ 11 milhões deve reduzir o valor da tarifa, mas que ainda não é possível realizar um cálculo efetivo para saber o real impacto no preço da passagem.
O gerente da ATP também afirma que a ampliação não ira significar diminuição na qualidade do transporte, pois a tecnologia atual permite que os coletivos sejam utilizados com segurança no período de 12 anos ou mais.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) afirma que irá se manifestar nesta sexta-feira (10) sobre o tema.