O Hospital Beneficência Portuguesa, de Porto Alegre, opera apenas com 50 dos 160 leitos disponíveis. A redução no atendimento é provocada pela falta de recursos enfrentada pela instituição. Em agosto, o hospital já havia restringido para 60 leitos.
Desde junho, os cerca de 500 funcionários enfrentam problemas no recebimento dos salários. De acordo com o diretor do Beneficência Portuguesa, José Antônio Pereira de Souza, a remuneração dos servidores segue atrasada, chegando a 45 dias.
— Estamos conseguindo manter o atendimento, mesmo que restrito, graças ao apoio dos colaboradores. Eles estão entendendo a situação e mantendo as portas abertas do hospital — frisa.
A falta de dinheiro dificulta também a compra de remédios e suprimentos, itens essenciais para garantir o atendimento aos pacientes.
A direção do hospital acredita que os problemas podem ser resolvidos ainda neste mês. De acordo com Souza, um empréstimo de R$ 14 milhões recebeu o aval do escritório central da Caixa Econômica Federal, em Brasília.
— O processo está na regional do banco no Rio Grande do Sul. O superintendente estadual da Caixa marcou uma visita no hospital. Com o ok daqui, o pedido de financiamento volta a Brasília para a decisão final. Com a verba liberada, vamos regularizar os salários dos servidores e voltar a operar com a capacidade máxima — afirma.