Não será em outubro que a população poderá, enfim, usufruir do trecho revitalizado da orla do Guaíba. Além do atraso no andamento das obras, que avançou pouco nos últimos três meses, a prefeitura agora quer esperar pela licitação que vai conceder a permissionários os espaços de bares e lancherias no trecho de 1,3km. O investimento nas reformas é de R$ 68 milhões.
Segundo o secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim), Elizandro Sabino, 85% da revitalização foi finalizada até agora. Em junho, o percentual era de 80%.
— Numa expectativa otimista, o espaço será liberado entre novembro e dezembro. Estamos trabalhando para que, já no próximo verão, todos possam usar o espaço com sustentabilidade — diz Sabino.
A ordem de início para revitalização da orla foi dada em outubro de 2015. As obras deveriam terminar no fim de 2016, mas a conclusão vem sendo adiada.
O bar Quase Meia Noite está 72% concluído. Os quatro outros bares, dois espaços para ambulantes, vestiário e área da Guarda Municipal têm 78% dos trabalhos realizados. Estas edificações são térreas, ao nível do rio, e suas coberturas de concreto funcionam como mirantes.
Ainda falta finalizar as obras do ancoradouro e deques (98% prontos, mesmo percentual de junho) e arquibancadas (81%). As passarelas que adentram o rio, os postes de iluminação e o piso iluminado já foram inclusive testados. Apesar da gestão anterior da prefeitura já ter entregue a praça Júlio Mesquita, no fim do ano passado, a atual administração ressalta que não irá realizar uma entrega parcial da obra.
Outro fator que emperra a abertura do espaço ao público, segundo Sabino, é a concessão dos espaços gastronômicos. Uma licitação deve ser lançada nas próximas semanas pela Secretaria de Parcerias Estratégicas. A prefeitura quer prever que os vencedores, que vão explorar os bares e lancherias, também fiquem responsáveis pela conservação do trecho revitalizado.
O recurso usado na obra é proveniente de financiamento da Corporação Andina de Fomento (CAF). O consórcio Orla Mais Alegre, das empresas Procon, Sadenco e SH Estruturas Metálicas, é o responsável pela revitalização, ao custo aproximado de R$ 68 milhões.