Uma inspeção do Ministério Público Estadual encontrou fezes de rato em gôndolas e dentro de alimentos armazenados em um supermercado em Alvorada, na Região Metropolitana. A ação faz parte de uma operação da Força-Tarefa de Segurança Alimentar do MP, que também fiscalizou outros dois mercados: o Big Hipermercado e o mercado Oliveira, da Avenida Presidente Getúlio Vargas. Aproximadamente três toneladas de alimentos foram recolhidas e inutilizadas por estarem impróprias ao consumo.
Os agentes localizaram diversas irregularidades no Supermercado Oliveira, localizado na Avenida Olegário José Guimarães, no bairro Piratini. Cerca de 400 kg de alimentos impróprios foram apreendidos.
De acordo com o promotor do Ministério Público Alcindo Bastos, muitos produtos não tinham procedência comprovada, ou não apresentavam as informações sobre validade. Entretanto, o que chamou atenção das autoridades foi o fato de encontrar várias embalagens roídas e fezes de rato em alguns produtos, e também nas gôndolas.
– Havia produtos mal armazenados no que tange à temperatura, o que é um risco iminente a saúde. E somado a isso, as péssimas condições de higiene. Pizzas já roídas e já com fezes de rato nas embalagem, além de fezes de roedores na padaria, no local onde estavam armazenados os pães do estabelecimento. Péssimas condições estruturais e de higiene – disse Bastos.
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A reportagem fez contato com o estabelecimento, mas ainda não obteve retorno. Conforme o Ministério Público, o local foi interditado.
Em outra ação realizada nesta manhã em Alvorada, mais de 760 quilos de produtos foram retirados de circulação no Supermercado Big, na Avenida Getúlio Vargas. Diversos produtos da fiambreria não tinham indicação de validade. Além disso, foram encontrados alimentos fora da temperatura indicada. Apesar da ação, o Big não foi interditado.
Por meio de nota, o Hipermercado Big disse que os "procedimentos adotados em suas unidades ocorrem em total respeito à legislação vigente. Em relação à loja de Alvorada, a empresa está apurando os fatos para, o quanto antes, tomar todas as medidas cabíveis".
Não houve retorno do mercado Oliveira, da Avenida Presidente Getúlio Vargas, onde também foram apreendidos alimentos.
Um inquérito policial deve ser aberto contra responsáveis pelos estabelecimentos por crime contra as relações de consumo. Segundo o Ministério Público, também devem ser instaurados inquéritos civis contra os estabelecimentos, para tentar, de alguma forma, garantir a indenização de pessoas que compraram nos locais. Quem tiver nota fiscal tem direito a fazer a troca do produto ou buscar ressarcimento.