Até o fim de junho, uma novidade deve atracar na zona sul de Porto Alegre. Com capacidade para receber 250 pessoas, um restaurante flutuante passará 90 dias na praia de Ipanema.
– Nossa expectativa é que seja um ponto turístico, um atrativo para a região. Posteriormente, vamos avaliar o impacto. Acreditamos que o pessoal vai gostar, porque traz mais segurança para o entorno – diz o assessor técnico da secretaria de Desenvolvimento Econômico Denis Carvalho.
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Atualmente instalado em Rio Pardo, a cerca de 150 quilômetros da Capital, o Flutuante Pérola Negra será rebocado por um barco até Ipanema. Como é uma instalação de grandes proporções – são 400 metros quadrados –, o trajeto deve levar em torno de três dias. Devido ao período chuvoso, a saída de Rio Pardo, prevista para sábado, será adiada.
O restaurante servirá bufê no almoço e opções a la carte no jantar e funcionará, inicialmente, em caráter experimental. A licença expedida pela prefeitura terá duração de 90 dias – conforme a prefeitura, o estabelecimento já é licenciado pela Marinha e pela Fepam para atuar em todo o Estado. O descarte dos resíduos produzidos no local será feito de acordo com a demanda, por duas empresas: uma retirará os restos de alimentos, e outra recolherá os dejetos dos banheiros. Caso haja boa aceitação dos vizinhos e do público, é possível que o Pérola Negra não deixe Porto Alegre.
– Procuramos um lugar calmo, que não tenha tanta oscilação no nível da água. Em Rio Pardo, quando tem enchente, chegamos a ficar 10, 15 dias fechados. Isso nos levou a procurar a prefeitura de Porto Alegre. Vamos ver se as pessoas gostam – explica o administrador Silvio Castro.
Em funcionamento há pouco mais de um ano, o restaurante passou por contratempos em função de sua localização, entre duas barragens. Segundo o administrador do Pérola Negra, a oscilação do nível do rio após as chuvas exigia o deslocamento do flutuante, e alagamentos recorrentes prejudicavam o acesso dos clientes.
Na Zona Sul, o restaurante deve atracar nas proximidades da esquina entre as avenidas Guaíba e Osvaldo Gonçalves Cruz. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento, o licenciamento permitirá atuação até as 22h, sem música.
Dois funcionários devem acompanhar os funcionários na transição do negócio para a Capital. Os outros, explica Silvio, devem ser contratados em Porto Alegre. Há tratativas com pelo menos três imigrantes senegaleses para que integrem a equipe do restaurante.