A primeira aplicação de inseticida no segundo semestre em Porto Alegre será feita na sexta-feira, no bairro Bom Fim, por causa de caso suspeito de zika importado. O paciente mora no Rio de Janeiro e veio a Porto Alegre visitar familiares. O produto será aplicado em trechos das ruas Fernandes Vieira (dois lados da rua) e General João Telles (lado par), entre Vasco da Gama e Henrique Dias.
A ação será coordenada pela Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (EVRV/CGVS/SMS) e tem início previsto para às 9h30min, na rua Fernandes Vieira.
Leia mais
Cachorro resgatado no Arroio Dilúvio espera por um lar
Em oito anos, Porto Alegre tem aumento de 75% da população em situação de rua
IPTU 2017 com desconto poderá ser pago a partir de segunda na Capital
A operação tem como objetivo matar mosquitos adultos que estejam no raio de 50 metros a partir da residência onde o paciente está hospedado. Essa distância é utilizada sempre que as aplicações de inseticida são feitas por suspeita de zika ou chikungunya. Casos confirmados de dengue têm aplicação em raio superior, de 150 metros.
Porto Alegre teve confirmados em 2016 um total de 301 casos autóctones e 53 importados de dengue, além de 30 importados de chikungunya, sendo 15 autóctones, e 12 importados de zika.
Como os dias têm sido mais quentes e o índice de infestação de fêmeas do Aedes aegypti tem aumentado desde o início do mês, o médico veterinário Luiz Felippe Kunz Júnior, da EVRV, destaca a importância das medidas de prevenção e controle das larvas dos mosquitos serem adotadas pelos moradores do bairro.
Em Porto Alegre, a maior parte dos criadouros do mosquito vetor da dengue, zika e chikungunya é encontrada em imóveis residenciais. O cuidado semanal no imóvel contribui com a eliminação de larvas. Os moradores da região devem verificar com mais atenção nos pátios, incluindo vasos, ralos pluviais e calhas, e o interior das residências e estabelecimentos comerciais, eliminando qualquer foco de água e diminuindo, desta forma, o risco de transmissão viral.
Sobre a aplicação do inseticida (ou bloqueio de transmissão), a Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde esclarece que a aplicação será feita nos pátios e áreas abertas das casas, não no interior das residências. Portas e janelas devem ficar abertas e apartamentos térreos serão visitados apenas se tiverem pátio.
A recomendação é para que alimentos (frutas e hortaliças) que estiverem no pátio só sejam utilizados para consumo após uma semana da aplicação. Os moradores devem informar aos aplicadores a presença de aves e répteis como animais de estimação, que não devem ficar expostos ao inseticida. Para seres humanos e mamíferos em geral não há riscos. Os produtos utilizados na aplicação serão de deltametrina (um piretroide), mesmo inseticida utilizado nos produtos de uso doméstico, à base de água, com baixa toxicidade.