Porto Alegre é a capital com a maior proporção de idosos na população: eles representam 15,04% da população, contra 14,89% da população do Rio de Janeiro e 12,61% de Belo Horizonte. O percentual de pessoas com mais de 60 anos na capital gaúcha é o triplo da capital com menor percentual - Palmas (TO), com 4,37%.
Os dados foram destacados nesta quarta-feira (7) pelo Observatório da Cidade de Porto Alegre (ObservaPOA), que lançou a publicação "As condições sociais da População Idosa de Porto Alegre". A revista reúne diversas estatísticas pela população idosa na capital gaúcha, abordando aspectos demográficos, de escolaridade, saúde, rendimento e violência. O levantamento completo pode ser conferido neste link.
População idosa cresce
Entre os anos 2000 e 2010, o número de idosos em Porto Alegre cresceu 31,99%. No mesmo período, a população de crianças (0 a 11 anos) diminuiu 17,74%.
Conforme a publicação, do total de idosos na capital gaúcha em 2010, 62,25% eram mulheres e 37,75% eram homens. A região do orçamento participativo com o maior número de pessoas com mais de 60 anos era a Centro e a região com a menor proporção de idosos era a das Ilhas.
Rendimento médio superior
O gerente do ObservaPOA, Rodrigo Rangel, destacou que a maioria dos idosos (62,54%) se disse responsável pelo domicílio onde vivia. O dado tem relação também com o fato de que o rendimento médio do idoso em Porto Alegre é 27,72% superior ao das pessoas com menos de 60 anos.
Enquanto em 2010 os "não-idosos" tinham um rendimento médio de R$ 2.422,70, o rendimento dos idosos era de R$ 3.094,19.
Grau de instrução
Rangel também comentou que o nível de escolaridade é baixa entre os idosos que vivem em Porto Alegre: em 2010, 41,30% das pessoas com mais de 60 anos eram sem instrução ou tinham apenas o ensino fundamental incompleto. O levantamento mostrou ainda que 22,20% dos idosos tinham ensino médio completo e superior incompleto, 20,18% tinham superior completo e 16,11% tinham ensino fundamental completo e médio incompleto.
Deficiência
Os dados mostram ainda que quase 40% da população idosa de Porto Alegre possui algum tipo de dificuldade de enxergar e 30% dizem ter algum grau de dificuldade de caminhar ou subir escadas. A deficiência auditiva é a terceira mais frequente entre os maiores de 60 anos: representam 21,30% dessa faixa da população da capital gaúcha.