Um dos pontos que gera polêmica no projeto de revitalização do Cais Mauá se refere ao espaço do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre. O major Gilson Wagner de Oliveira Alves explica que o ideal seria ficar no mesmo local ou ir para um espaço próximo à rótula das Cuias, pois é um quartel que atende todo o estuário do Guaíba e reúne mergulhadores e faz salvamentos.
"Estamos pensando na logística para conseguirmos atender de forma mais rápida as ocorrências em direção à zona sul e também a Gravataí", comenta.
O major salienta que o Grupamento trabalha com casos de afogamento, problemas com pescadores e que, neste ano, atendeu cerca de 900 ocorrências, sendo que o número de todos os quartéis do Corpo de Bombeiros chega a 6 mil atendimentos.
Alves destaca que não houve tratativa com a empresa que venceu a licitação para revitalizar o Cais, e que a ideia é conversar com a nova administração da Capital para achar uma solução.
Em nota, a empresa Cais Mauá explica que construirá o novo quartel para os bombeiros assim que haja a definição do local. Até que essa obra seja finalizada, o Grupamento permanecerá na área arrendada.
A Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb), por sua vez, se colocou à disposição do Grupamento para auxiliar na identificação de possíveis locais para a instalação dos Bombeiros. Segundo a assessoria da Smurb, a pasta não foi procurada para tratar esse assunto.
Os projetos arquitetônicos do novo Cais devem ser aprovados em janeiro de 2017. A previsão é de que a concessão de licença de instalação saia até maio, e que as obras no setor armazéns iniciem em julho de 2017.