Um novo efetivo da Força Nacional de Segurança chega em dezembro a Porto Alegre para atuar, juntamente com a Polícia Civil, na investigação de casos de homicídios em pelo menos três áreas com maiores índices do crime. A Capital gaúcha já conta com efetivo da Força Nacional, mas para o policiamento de rua.
Porto Alegre está entre as três primeiras cidades a receber o efetivo da Força Nacional que atuará especificamente na investigação e na prevenção de casos de homicídio. Além da Capital gaúcha, Natal e Aracaju serão o piloto do Plano Nacional de Segurança, em elaboração pelo Ministério da Justiça, que deverá ser estendido para todas as capitais até o fim de março do ano de 2017.
As primeiras informações sobre a elaboração do plano foram divulgadas pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante encontro do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, em São Paulo.
Quando o primeiro efetivo da Força Nacional chegou a Porto Alegre em agosto deste ano, o chefe de polícia, delegado Emerson Wendt, solicitou ao Secretário de Segurança do Estado, Cezar Schirmer, que a Polícia Civil também pudesse contar com o reforço.
De acordo com Wendt, o principal objetivo é suprir as perdas de efetivo que a polícia gaúcha vem sofrendo em decorrência dos pedidos de aposentadoria. Em 2016, o déficit é de, aproximadamente, 400 agentes.
"A Força Nacional tem um efetivo que atua na parte de investigação criminal. Fiz a solicitação com o intuito minimizar as perdas de pessoal em decorrências de aposentadorias. As novas turmas da Polícia Civil só começarão a atuar a partir de fevereiro de 2017", explica o chefe de polícia.
Ainda não há uma definição sobre quantos policiais virão, mas serão delegados, escrivães e agentes especializados em investigação de homicídios.
Os próximos passos são preparar a estrutura para receber esse novo efetivo e promover a integração com as equipes da Polícia Civil. A previsão é que a Força Nacional reforce, principalmente, a investigação nas áreas com maiores índices de homicídio em Porto Alegre.
"Temos áreas de Porto Alegre que são mais conflagradas, que são onde ocorre o maior número de homicídios. Por isso, devemos direcionar os esforços e reforçar algumas das seis delegacias de homicídios da cidade. Num primeiro momento, colocaríamos reforço em, no mínimo, três delegacias, principalmente, nos Bairros Rubem Berta, Lomba do Pinheiro e Vila Cruzeiro ou Restinga, se for ocaso", declara Wendt.