Muita coisa mudou do fim de maio para cá no número 3.489 da Estrada Bérico José Bernardes, no limite da Capital com Viamão. O canteiro de obras com operários, caminhões e vergalhões de ferro deu espaço a um prédio envidraçado e imponente que sediará o primeiro hospital público para animais de Porto Alegre: a Unidade de Medicina Veterinária Victória.
Com investimento milionário do empresário gaúcho Alexandre Grendene, a estrutura será entregue oficialmente à Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda) nesta quarta-feira. A partir de então, vai ser dado o pontapé inicial na montagem e compra dos equipamentos que faltam para que, até o começo de 2017, a instituição esteja funcionando.
– A obra começou em abril e, em seis meses, foi entregue, conforme previsto. Temos as próximas etapas, que são algumas licenças para funcionamento, como a sanitária, por exemplo. Trabalhamos com a ideia de deixar tudo pronto até o fim de 2016 para abrir as portas no próximo ano – estima a secretária-adjunta da Seda, Fabiane Tomazi Borba.
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Antes de determinar uma data exata para a mudança de prédio – hoje, a Unidade de Medicina Veterinária funciona no mesmo terreno –, a prefeitura ainda precisa tomar algumas decisões referentes à gestão clínica – a parte administrativa fica a cargo do poder público. Um grupo formado por representantes da Seda, da Procuradoria-Geral do Município e do gabinete do prefeito estudam duas possibilidades: uma parceria com alguma instituição de ensino ou a contratação de especialistas pela administração pública.
– Devemos definir este modelo até a primeira quinzena de novembro – garante Fabiane.
Se a parceria for o modelo escolhido, caberá ao município estabelecer um convênio com a instituição, disponibilizando verbas para a execução das metas estabelecidas em relação aos atendimentos. Já em caso de contratação, será necessário um concurso que contemple as diversas especialidades que serão oferecidas pela unidade.
A estrutura Com mais de 1,6 mil m², a unidade abriga cinco salas de cirurgia, quatro consultórios, alas para internação, setores de quimioterapia e de exames de imagem e laboratório de análises clínicas, tudo em ambiente climatizado. Assim que abrir as portas, o hospital poderá receber até 270 animais, inclusive aqueles com doenças infectocontagiosas, que serão encaminhados para uma área de isolamento total.