O recolhimento de lixo descartado em locais irregulares representa um custo mensal de R$ 880 mil ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) de Porto Alegre. Ainda que seja elevado, este número já foi maior.
Segundo o DMLU, o gasto chegou a R$ 1,2 milhão em 2013. Para o diretor Gustavo Fontana, este valor poderia ser revertido para outras áreas, como educação e saúde. Ou ainda, de acordo com ele, para aumentar a região atendida por contêineres.
Apesar disso, o diretor afirma que a quantidade de locais de descarte irregular, como terrenos baldios e áreas abertas, diminuiu nos últimos três anos. Houve uma queda de 55%, caindo de 459 para 209 focos atendidos pelas equipes.
O DMLU atribui a redução às iniciativas que facilitam o recolhimento de resíduos da população que não consegue ter acesso ao descarte correto. Entre elas está o programa Bota-Fora, que vai até 200 comunidades durante o ano para recolher materiais que não podem ser colocados na coleta diária.
A prefeitura também relaciona a melhora à presença dos ecopontos. Estas unidades estão distribuídas em sete pontos da Capital e, até o fim do ano, serão mais duas para recebimento de resíduos que não entram nas coletas convencionais.
Outra alternativa viabilizada são as coletas pagas, em que o morador pode agendar a entrega dos resíduos pelo telefone 156. O departamento vê estas ações somadas à intensificação da fiscalização como estratégias para reverter a situação.
Diariamente, 500 toneladas são retiradas das ruas nos locais irregulares. O número equivale a quase metade do que é contabilizado na coleta domiciliar, que recolhe 1,2 mil toneladas por dia e é o principal método de coleta da cidade.