Porto Alegre registra quase o dobro de casos de caxumba confirmados em todo o ano passado. Em 2016, até agora, foram 285 casos, contra 154 em todo o ano passado. O número pode ser ainda maior, já que as unidades de saúde não são obrigadas a notificar os casos diagnosticados. São registrados apenas os surtos, não os casos isolados.
Os surtos ocorrem quando pelo menos dois casos são registrados em um mesmo local, como empresas, escolas ou universidades, por exemplo. Neste ano, foram 25 surtos notificados em Porto Alegre.
Em todo o Rio Grande do Sul, foram comunicados 78 surtos em 2016, num total de 641 casos. O número também é quase o dobro do registrado em 2015, que teve 314 casos confirmados.
O balanço do Estado não contempla todos os casos registrados na região Sul, justamente porque são notificados apenas os surtos. As duas maiores cidades da região registraram 2.168 casos de caxumba neste ano. Em Rio Grande, segundo a Vigilância Epidemiológica, são 1.340 notificações da doença; em Pelotas, são 828 casos da doença.
Causa dos surtos
Entre os motivos apontados para os surtos de caxumba, está a não vacinação na infância. A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, passou a ser aplicada em todas as crianças aos 12 meses a partir da década de 1990. Um reforço é feito aos 15 meses.
Transmissão e tratamento
A caxumba não é considerada uma doença perigosa; ela causa aumento de glândulas salivares, dor e febre. A transmissão ocorre por via aérea, pelo contato com gotículas, secreções respiratórias ou saliva de pessoas infectadas. O período de transmissão ocorre entre seis dias antes das manifestações clínicas até nove dias após o surgimento dos sintomas. O tratamento consiste em repouso e uso de analgésicos.