A partir da Ceasa (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), no bairro Anchieta, é distribuída boa parte do alimento consumido no Estado. Mas a saúde propagada por meio das frutas e das verduras comercializadas dentro do prédio em nada tem a ver com o que ocorre do lado de fora dele. No final da Avenida Fernando Ferrari, alguns metros depois da entrada da Ceasa, há um amontoado de caixas que parece não ter fim. Sem falar no lixo espalhado nas margens da via.
Ali ocorre um comércio informal de caixas de madeira. Em alguns pontos, elas estão empilhadas, mas, na maior parte da área, são atiradas em grandes montes, onde várias caixas já estão destruídas. O cheiro de frutas podres não passa despercebido.
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Uma senhora de 62 anos conta que, há cerca de 15 dias, sofreu um ataque de um enxame de abelhas no local e precisou ser levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Rio Branco, em Canoas. Afirma que os insetos surgiram no meio dos montes de caixas.
A Ceasa afirma que o que é realizado na via é de responsabilidade da prefeitura, e que não tem qualquer vínculo com o comércio informal de caixas. Informou também que área junto à central, onde funcionava um posto de combustíveis, será cercada para revitalização nos próximos dias.
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) informa que irá enviar fiscal para verificar a situação e identificar os infratores, a fim de orientá-los para que não façam o descarte no local. A Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) diz que não estava ciente da existência deste comércio, e que uma equipe de fiscalização será encaminhada ao local.