A greve dos municipários de Porto Alegre, que completa quatro dias nesta sexta-feira (17), causa prejuízos aos serviços prestados pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). Nesta manhã, o acesso ao prédio da Fundação, na Avenida Ipiranga, foi bloqueado, e nenhum funcionário conseguiu entrar para trabalhar.
O fechamento da sede prejudica a distribuição de alimentos e produtos de higiene aos abrigos e albergues, já que os veículos também foram impedidos de deixarem o local.
Segundo o presidente da Fasc, Marcelo Soares, a situação mais preocupante é a dos Centros Administrativos Regionais (CARs). Dos 22 existentes na Capital, 18 estão com as portas fechadas em razão da greve. Cinco deles, atendem, diariamente, cerca de 400 crianças em situação de vulnerabilidade, oferecendo atividades no horário inverso da escola, além de duas refeições.
"Nós não estamos podendo dar o alimento para essas crianças, e isso é muito preocupante", destaca.
Cerca de 200 pessoas estão tendo prejuízos com o fechamento dos CARs, em relação ao cartão assistencial, cesta básica e atendimento com os técnicos psicólogos e assistentes sociais.
O Centro Pop, local onde 60 moradores de rua são atendidos durante o dia, onde são oferecidas atividades e alimentação, também está fechado. Outra unidade do Centro Pop, com 160 vagas, iria reabrir na terça-feira, após fechar para reforma, mas não pode voltar a funcionar em razão da paralisação. Dois centros de atendimentos a idosos também permaneceram fechados.
O diretor ainda admite que o número de funcionários nos abrigos e albergues da Capital é afetado, mas que, até o momento, foi possível manter o atendimento.