A Brigada Militar (BM) foi acionada na manhã deste domingo para ajudar no caso de um líder da Fundação de Apoio ao Colégio Julio de Castilhos que diz ter sido impedido de sair da escola por duas horas. Uma das maiores instituições de ensino de Porto Alegre, o Julinho foi ocupado na última sexta-feira por estudantes que reivindicam melhorias na educação.
Marciano Renan Lisbôa da Silva, vice-presidente da Fundação e dirigente da banda da escola, conta que entrou no Julinho para pegar uniformes e instrumentos para uma apresentação que os músicos fariam no Parque da Redenção. No entanto, com o evento cancelado pela chuva, ele conta que tentou deixar o colégio por volta das 8h30min, mas foi impedido pelos manifestantes.
– Os alunos do comando de invasão me disseram que eu só sairia se me identificasse. Eu achei que era um abuso, porque estou há 10 anos trabalhando pelo colégio e não posso admitir que exijam que eu tenha que me identificar pra sair. Sou inclusive conhecido de uma das lideranças do movimento – diz Silva.
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Ele afirma ter ficado por cerca de duas horas dentro do colégio, até conseguir sair com a chegada da Brigada. De acordo com a ocorrência registrada pela BM, a guarnição foi chamada por integrantes da fundação e, quando chegou ao local, o vice-presidente já havia sido liberado, não havendo necessidade de agir.
Os estudantes não quiseram falar com ZH. Segundo alguns líderes, foi definido em uma assembleia interna que nenhum veículo de comunicação poderia entrar na escola e que os manifestantes não dariam declarações.
No total, cinco escolas estão ocupadas na Capital. Os alunos reivindicam melhorias na infraestrutura das escolas, manutenção de laboratórios e bibliotecas e melhores condições de trabalho para os professores. O movimento ocorre simultaneamente à decisão de greve na rede estadual em assembleia do Cpers nesta sexta-feira.