Os últimos dez dias estão longe de ser fáceis na Capital. Na sexta, dia 29, uma tempestade derrubou árvores, bloqueou ruas, destelhou prédios e deixou milhares sem água e luz. No sábado e na quinta-feira seguintes, teve mais chuva forte complicando a vida dos porto-alegrenses. E tem previsão de mais temporal neste Carnaval. Os ventos podem chegar a 99 km/h na terça-feira - o que pode causar novos estragos.
A previsão apavora Renato Gomes, 55 anos, dono de uma das barracas de comerciantes da orla que foram destruídas com os ventos fortes da tempestade do dia 29. Ele pretende aguardar a nova instabilidade dentro da barraca para tentar impedir que seus produtos e equipamentos saiam voando novamente.
- E agarrar em Deus - acrescenta.
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Segundo informações divulgadas pela Defesa Civil do município, somente alertas de curto prazo podem identificar que uma tempestade afetará determinada localidade. O Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre deve monitorar as condições do tempo e pode divulgar novas informações durante o dia ou disparar alertas, se for necessário.
Como a cidade ainda está em processo de recuperação, com árvores e redes de energia fragilizadas, chuvas ou ventos podem trazer mais transtornos. Helio Oliveira, coordenador adjunto da Defesa Civil de Porto Alegre, diz que, desde o final de janeiro, há um trabalho intenso para podar ou, quando necessário, cortar árvores que apresentam risco à população, mas ainda há solicitação de remoção de árvores que ainda não foram atendidas nas últimas duas semanas.
- Por mais que tentemos eliminar o risco, em temporais, as árvores são sempre uma incógnita. Muitas das arrancadas pelos ventos eram saudáveis - destaca.
De acordo com o coordenador de operações do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Alexandre Friedrich, o trabalho para remoção de galhos e limpeza das ruas está adiantado - agora equipes da prefeitura estão se voltando aos parques e praças. Em função da possibilidade de galhos e folhas obstruírem bocas de lobo, destaca que as equipes fazem a varrição das vias logo depois da remoção de entulhos, para evitar alagamentos.
Além disso, alguns prédios públicos atingidos no final de janeiro permanecem destalhados, como o Ginásio Tesourinha - que costuma servir de abrigo a famílias em situações emergenciais.
- Por mais que tenham decretado emergência, não se faz obras da noite por dia - diz o vice-prefeito Sebastião Melo.
Melo destaca que bombeiros e departamentos municipais já foram avisados da previsão de temporal.
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