Indo em direção ao Cartório Eleitoral, Maurício Rolim, 56 anos, passou pelo túnel verde do Parque Marinha do Brasil na tarde desta quarta. Optou pelo trecho porque imaginou que ali encontraria sombra.
- Infelizmente, não tem mais. É só destruição - decepcionou-se o aposentado.
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Com a retirada dos galhos e troncos caídos na passagem que encantava e refrescava os frequentadores do parque, é possível ter uma dimensão ainda maior das sequelas deixadas pela tempestade de 29 de janeiro. Supervisor de Praças e Parques em exercício, Albano Assis afirma que 50% do serviço foi concluído, especialmente no trecho entre a Praça das Armas (área do canhão) e a Avenida Ipiranga. Trabalham na limpeza do parque 40 funcionários, de acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Na Redenção, segundo Albano, 70% do serviço de limpeza já foi feito, e 80% no Harmonia. Tanto nesses dois parques quanto no Marinha, a previsão é de que o trabalho seja finalizado em até 15 dias - com exceção do trabalho em algumas árvores rachadas no topo ou com galhos quebrados na parte superior.
No entanto, a retirada dos galhos não significa que as áreas estão aptas a receber frequentadores. A recomendação é de que as pessoas continuem evitando esses locais porque ainda há risco de queda de árvores.
Albano afirma que a avaliação das árvores que resistiram ao temporal, para testar a saúde dos vegetais e risco de tombamento, iniciará no começo de março pela Redenção. A previsão é de que os parques sejam liberados apenas na segunda quinzena do mês.