Neste sábado, completa um mês que cinco supermercados Nacional fecharam as portas em Porto Alegre. O encerramento das atividades da loja da Avenida Protásio Alves mudou a rotina de alguns moradores do bairro Rio Branco.
O maior impacto é para os idosos, que têm dificuldade de ir até os supermercados mais próximos, na Avenida Ipiranga ou na Rua Cabral. A dona de casa Zelaine da Fontoura, 67 anos, destaca que, em função da limitação para se locomover, agora tem que gastar dinheiro com táxi para fazer compras - antes, precisava apenas atravessar a rua.
- Está muito complicado. Moro há dez anos aqui e acho que o bairro está regredindo - comenta, lembrando que outras lojas nas imediações também estão fechando as portas.
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Gianine Imbert, 38 anos, diz que o movimento caiu em sua banca de revistas, que fica do lado do prédio que abrigava o Nacional. Ela se preocupa com a questão da segurança, por haver menos movimentação de pessoas no entorno. Por isso, passou a fechar a banca meia hora antes do que antigamente.
O prédio utilizado pelo Nacional na Avenida Protásio Alves era alugado, e a reportagem não localizou o proprietário para perguntar sobre o que será feito no imóvel. Os outros supermercados fechados em Porto Alegre ficavam nas ruas Francisco Trein, Plínio Brasil Milano, Venâncio Aires e Miguel Tostes.
A Walmart informou que "por conta do atual ambiente econômico no Brasil, a empresa tomou a decisão de fechar algumas unidades no Estado com baixo desempenho". A rede ainda afirmou que não haverá mais fechamentos, e que está buscando transferir os funcionários dessas unidades para outras lojas ou oferecer apoio para recolocação profissional.