Uma troca de tiros, ocorrida às 7h desta terça-feira, deixou um assaltante morto e outros dois bandidos feridos no Divina Providência, em Porto Alegre. O trio roubou o cofre da cafeteria do hospital após render duas funcionárias, mas um segurança reagiu e acabou matando um deles. Os dois comparsas, identificados como Guilherme Sodré Pereira, 23 anos, e Cléber Nei Lemos, 25 anos, foram encaminhados para atendimento médico. O tiroteio aconteceu em frente ao estacionamento.
"Se não atirasse, seria morto", disse vigia a policiais militares
- Eles se assustaram com a postura do vigilante e não conseguiram fugir. No interior do hospital foi confuso, mas se sabe que ninguém ficou ferido - afirma o tenente Cleide Garcia, do 1º BPM.
Na tentativa de fuga, os assaltantes bateram um carro - um HB 20 roubado na noite de segunda-feira na Rua Buenos Aires, na Capital - no muro do estacionamento do Divina Providência. Um dos criminosos ficou morto (ainda não identificado) no local, e os demais foram levados para o Hospital de Pronto Socorro da Capital.
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Cinco viaturas da Polícia Civil e da Brigada Militar isolaram a área, que foi periciada. O corpo da vítima fatal ficou no chão do estacionamento, bem como o veículo, que teve a frente destruída. Junto ao corpo foi encontrado um revólver .32. O tiro efetuado pelo vigia foi de pistola.
- Chama a atenção a ousadia deles. Se qualquer um cruzasse o caminho e tentasse impedir a fuga, seria alvejado. Por isso o vigilante atirou, porque ele mesmo era um alvo - informa o tenente Cleide Garcia.
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O escrivão da Polícia Civil João Braga ressalta que provavelmente os criminosos sabiam da rotina da cafeteria:
- Eles foram direto ao ponto. Queriam o cofre porque sabiam que ali havia toda a féria do final de semana e do feriado. Foi o que nos falou o proprietário da cafeteria.
"Se não atirasse, seria morto", disse vigia
O vigia que matou o assaltante teve um momento de decisão e não titubeou. Ao perceber que seria atingido, o homem, que não quer ser identificado, sacou a arma e atirou em um dos criminosos à queima-roupa. O relato do vigia foi dado ao tenente Garcia:
- Ele disse que foi um momento de decisão. Se não atirasse, seria morto. Não sei se foi o certo, mas ele sentiu que era um alvo e que qualquer um que tentasse impedir a fuga seria abatido.
O trio rendeu duas funcionárias, entrou pelos fundos e pegou um cofre para levá-lo ao carro. O vigia recebeu uma ligação de um funcionário do Divina Providência, que informou o que estava ocorrendo. O homem, então, desceu ao estacionamento e percebeu os assaltantes caminhando em direção ao HB 20.
Na abordagem, o bandido que carregava o cofre tentou sacar a arma, conforme o relato do vigia, mas se atrapalhou. Foi o tempo necessário para o vigia reagir e disparar contra ele. Os demais assaltantes entraram no HB 20 e atiraram. Pelo menos três cápsulas ficaram no chão do estacionamento.
* Zero Hora