Durante quase dois anos, dei aulas de filosofia em uma escola em Paraisópolis, aqui em São Paulo. Descobri, não faz muito, que a comunidade (o que se chamava em outros tempos de "favela"), a segunda maior da capital paulista e uma das mais conhecidas por sua vizinhança com o bairro nobre do Morumbi, é palco e tema de uma novela da Globo. Em mim, a notícia dessa nova notoriedade evocou recordações e despertou reflexões sobre essa singular profissão que, creio que mais que todas as outras, nos escolhe, e não o contrário: o magistério.
Colunistas
Eduardo Wolf: Sócrates em Paraisópolis
"O que pretendem educadores e especialistas que privam nossos alunos da grande oportunidade de ampliar os horizontes do imediato da vida e da chance de se apropriar de mundos e de conhecimentos vários apenas por despeito ideológico?"