A nova alta do nível do Guaíba, registrada desde a madrugada desta quarta-feira, voltou a causar alagamentos na zona sul de Porto Alegre. Cerca de 500 metros da Avenida Guaíba, no bairro Guarujá, estão inundados - de um jeito que nem os moradores mais antigos da região haviam visto.
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O principal problema fica entre as ruas Jacipuia e Criciúma, onde o acúmulo de água chega a 30cm de altura. Neste trecho, há cavaletes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) bloqueando a via. Moradores reclamam, no entanto, de carros que furam o bloqueio. Ao cruzar o trecho com água, os veículos fazem "ondas", o que piora a situação para as residências próximas. Mesmo com o alagamento, a água invadiu poucas casas - dessas, a maioria teve o pátio atingido.
A diarista Ana Paula de Souza, 28 anos, chegou para trabalhar de chinelo, com tênis na mão, e teve de passar pelos cerca de 500 metros de água para chegar ao condomínio onde trabalha.
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Maíra Winck, cuidadora, mora há 15 anos na beira do Guaíba e teve o pátio invadido:
- Tem água no quintal desde a semana passada, mas aumentou. Para sair de casa, só com bota, preciso levar um calçado na bolsa. O problema é que com a água, também vem lixo e animais. Ontem eu encontrei uma cobra nadando no meu quintal
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Rosângela Jardim, proprietária de uma loja de piscinas, reclama dos prejuízos com a situação:
- Estou apavorada. Com essa água os clientes não vêm, estou aqui com a vassoura na mão tentando fazer alguma coisa, mas não tem o que fazer. Só podemos esperar.
Por volta das 10h30min, funcionários da prefeitura aguardavam uma equipe do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) que faria o hidrojateamento na rede do bairro - uma tentativa de reduzir a água acumulada em função da cheia do Guaíba.
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COMO DOAR
- São necessários alimentos, garrafas de água, produtos de higiene (xampu, desodorante, escova de dente, absorventes e fraldas geriátricas), produtos de limpeza (sabão em pó, esponjas e panos), lonas e velas.
- Esses materiais podem ser entregues no Ginásio Tesourinha (Avenida Erico Verissimo, s/nº), das 8h às 22h, ou no Gabinete de Defesa Civil (Rua Dr. Campos Velho, 426 ), das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.
- Doações para a reconstrução das casas (móveis, telhas, lonas e madeira) devem ser entregues na sede do Demhab (Av. Princesa Isabel, 1115), das 8h às 20h, de segunda-feira a sábado (no sábado, a entrega deve ser feita pela entrada lateral, na guarita da Rua Conde D'Eu).
* Zero Hora