Dotado de uma importante rede de universidades, com décadas de atuação intelectual, com pesquisas, publicações, simpósios, etc., o Rio Grande do Sul não tem produzido - ou não tem trazido a público - interpretações sobre o Brasil. Talvez eu esteja cometendo injustiças, mas só vejo duas figuras gaúchas com demonstrada capacidade de apresentar de público leituras de conjunto sobre o país. O primeiro foi Vianna Moog (1906 - 1988), com obras como Bandeirantes e Pioneiros, em que desenhou um contraste entre a colonização do Brasil e aquela dos Estados Unidos. O segundo foi Raymundo Faoro (1925 - 2003), autor de Os Donos do Poder, ensaio de interpretação sobre a formação do Estado brasileiro, apropriado desde sempre pelos grupos que sucessivamente chegaram ao poder e dele passaram a se servir como se ele fosse coisa privada.
Colunistas
Luís Augusto Fischer: quatro fatos e uma pergunta
"Com todas as suas limitações históricas, por sinal raras vezes iluminadas com ênfase, a experiência história da República do Piratini teve o inegável valor de ser, bem, republicana"