A resposta de uma operadora de celulares veio rápida e a polícia acredita estar próxima de derrubar definitivamente o principal álibi apresentado pelo suspeito de matar quatro pessoas de uma mesma família em chacina no Bairro Restinga na madrugada do último sábado. Em depoimento, Claudiomar do Nascimento da Rosa, 24 anos, alegou que na noite do crime não estava no bairro, e sim em um prostíbulo no Centro.
Preso suspeito de executar família em chacina na Restinga
Conforme os dados da quebra se sigilo telefônico, na verdade Claudiomar se deslocou para o Bairro Restinga naquele final de tarde. De acordo com o delegado Adriano Melgaço, que comanda a investigação pela 4ª DHPP, a próxima ligação feita com o celular do suspeito só aconteceu já na manhã de sábado, quando ele estava em um hotel no Centro.
Claudiomar teria chegado ao hotel por volta das 7h, permanecendo menos de três horas ali. A polícia também analisou imagens deste estabelecimento. Elas não foram claras o suficiente para mostrar se ele já estava com os cortes nas mãos observados na sua apresentação à polícia na noite de segunda.
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- O álibi dele caiu por terra. Agora vamos fechar exatamente qual o trajeto dele que o levou até a cena do crime para firmarmos a certeza da autoria - aponta o delegado.
Agora os policiais pretendem analisar imagens de monitoramento do Barra Shopping, onde acreditam que Claudiomar buscou Lauren no trabalho, do ônibus da Restinga e de um posto de combustível por onde os dois teriam passado a pé, a caminho da casa da família.
O suspeito confirmou que passou a madrugada de sexta com Lauren na casa dela. Disse, no entanto, que não voltou no dia seguinte.
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Ainda na noite de quarta, os investigadores encerraram a primeira parte das análises de imagens de câmeras de monitoramento do tal prostíbulo e de outros lugares por onde Claudiomar alegava ter passado. Ele não aparece no estabelecimento do Centro. Ainda assim, ouvido novamente pela polícia, ele outra vez negou autoria da chacina.
Claudiomar segue preso temporariamente no Presídio Central. A polícia tem convicção de que ele cometeu o crime por motivação passional. Não se conformava com o fim de um relacionamento, há cerca de três meses, com Lauren Fim, 26 anos, uma das vítimas. Ela, a mãe, o filho e uma sobrinha foram executados a facadas e provavelmente golpes com cacos de vidro.
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Registros das antenas de operadora mostram que no final da tarde de sexta, antes do crime, Claudiomar da Rosa, 24 anos, se dirigiu à Restinga, e não ao Centro da Capital como alegou em depoimento
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