A ameaça de falta de segurança e a paralisação de servidores do Estado afetaram o atendimento de vários órgãos vinculados ao governo gaúcho na Capital. O Tudo Fácil do Centro, localizado na Avenida Borges de Medeiros, não abriu as portas deixando várias pessoas sem atendimento no início da manhã.
Após ter a carteira de trabalho extraviada, o chapeador Marco Aurélio Lumertz, 43 anos, precisa encaminhar urgente uma nova para não perder o emprego que conseguiu.
- Já vim aqui porque sei que não demora tanto para ficar pronta, vou tentar na Zona Norte.
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As unidades da Zona Norte (Rua Domingos Rubbo, 51, bairro Cristo Redentor) e da Zona Sul (Avenida Wenceslau Escobar, 2666, bairro Tristeza) operaram normalmente, com exceção dos serviços do Instituto Geral de Perícias, entre os quais a confecção e entrega de carteira de identidade.
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Na Farmácia de Medicamentos Especiais do Estado o atendimento é feito por metade dos servidores que atuam no local. Gerenciado pela Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs), o sistema dos Centros de Registros de Veículos Automotores (CRVAs) de Porto Alegre também ficou fora de ar devido à paralisação.
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A Secretaria Estadual da Fazenda não abriu as portas principais, na Avenida Mauá, por medida de segurança. A entrada era feita por acessos secundários. No Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) o expediente também foi parcial.
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Muitos servidores sequer foram trabalhar enquanto outros se juntaram à manifestação que partiu do Centro Administrativo Fernando Ferrari. A presidente do SisDaer, Eunice Cardozo Bello, explica que a maior preocupação é quanto ao pagamento dos salários nos próximos meses.
- O secretário da Fazenda (Giovani Feltes) deixou claro que não tem dinheiro.
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Há 21 anos como servidora do Estado, a técnica de enfermagem, Suzana Pena, também teme o futuro. Ela conta que precisou escolher as contas que irá pagar com o valor que recebeu na última sexta-feira.
- É uma falta de respeito com a gente, já estou revendo meus planos para os próximos meses, sem contar que nosso salário vem sendo arrochado há muitos anos.
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Jeniffer Gularte
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