A homenagem prestada ao traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, com uma grafitagem de pelo menos 60m² em uma das paredes do Condomínio Princesa Isabel, na Zona Leste de Porto Alegre, não foi feita por acaso. Ela teria custado mais de R$ 15 mil, pagos supostamente pela quadrilha que mantém o controle do tráfico dentro do condomínio popular.
Opinião: homenagem improvável
O valor incluiria o serviço de um grafiteiro profissional, que assina como Holie na obra, o aluguel de um guindaste e os materiais. O orçamento ainda contou com os serviços de seguranças armados durante as 24 horas dos quatro dias em que a pintura levou para ficar pronta desde o último sábado.
De acordo com o delegado César Carrion, da 2ª DP, sem que nenhum morador, ou o Demhab _ responsável pelas concessões de moradias no condomínio _, faça uma denúncia, não há crime.
Traficante é morto em tiroteio próximo à praia em Tramandaí
- Podemos investigar se alguém denunciar que isso foi feito sem a anuência do condomínio. Aí poderíamos considerar um dano ao patrimônio. Mas à princípio, não vejo o retrato como uma apologia ao crime - afirma o delegado.
Xandi tinha o condomínio como sua base até ser assassinado no dia 4 de janeiro em Tramandaí, no Litoral Norte. Ele era considerado pela polícia um dos principais traficantes da Região Metropolitana e tinha um comissário de Polícia Civil como um dos seus funcionários.
Fotos Reprodução/Facebook
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Caso Xandi
Homenagem a traficante custou mais de R$ 15 mil em condomínio de Porto Alegre
Traficantes contrataram grafiteiro e alugaram até guindaste para pintura de 60m² com o rosto de Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, em parede do Condomínio Princesa Isabel, na Zona Leste de Porto Alegre.