Após diversas eleições tumultuadas, foi eleita a nova direção do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre. A votação ocorreu nas garagens das empresas de ônibus e no Ginásio Tesourinha entre as 16h de domingo e 16h desta segunda. A apuração ocorreu na sede do Ministério Público do Trabalho por decisão judicial, já que houve fraude e até brigas em outras eleições. A Chapa 1, que tinha como candidato Adair da Silva, venceu a eleição. Candidato da situação, ele garante que vai tentar unir a categoria.
"É uma chapa que uniu o pessoal novo com os aposentados, então quero, mais uma vez, agradecer aos aposentados, que deram muito apoio, vieram com dificuldade para votar e acreditaram na nossa chapa. O sindicato agora vai ter outra diretriz, não porque o nosso grupo ganhou. As chapas dois, três e quatro vão estar junto conosco, porque não é só chapa um, é tudo rodoviário", declarou.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) teve um papel fundamental para acalmar os ânimos. O procurador do Trabalho Noedi Rodrigues da Silva foi quem coordenou o pleito.
"O Ministério Público já tem esse papel de fiscalização, mas, nesse caso especificamente, conforme uma decisão judicial, o MPT teve um papel mais contundente. Principalmente no início, dando início ao processo eleitoral e substituindo, nesse particular, a administração do sindicato. E a partir dali, o MPT fiscalizou, acompanhou e ajudou a construir o consenso.
O resultado final foi o seguinte: Chapa 1 - 596, Chapa 4 - 566, Chapa 2 - 184 e Chapa 3 - 108. O Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre tem cerca de 1.500 associados dos cerca de dez mil trabalhadores. A dívida da entidade ultrapassa os R$ 5 milhões, segundo o presidente interino Jarbas Franco. O presidente do Sindicato está licenciado, Julio Gamaliel, porque concorreu a deputado, mas não se elegeu. Ainda de acordo com o presidente interino, praticamente tudo que entra de dinheiro na entidade é usado para pagar dívidas. O pleito foi marcado pela disputa de candidatos representado entidades sindicais. O presidente eleito é vinculado à Força Sindical. O principal opositor, Alceu Webber, é vinculado à CUT.