Ela está entre os novos nomes da literatura gaúcha. Dividindo a vida entre as faculdades de Ciências Sociais e Relações Internacionais, a gaúcha Luisa Geisler, 21 anos, ganhou destaque neste ano ao figurar na lista dos 20 melhores escritores brasileiros com menos de 40 anos da revista Granta. A escritora lança nesta terça sua segunda obra, o romance Quiçá, às 18h, na Praça de Autógrafos.
Zero Hora - Qual é a história de Quiçá?
Luisa Geisler - Quiçá é a história de uma família de pais workaholics e uma filha - neurótica por extensão - , que recebem em sua casa um primo que acabou de tentar suicídio. O livro é um cabo-de-guerra entre a família, em especial a menina de 11 anos, e esse garoto de 18. Os dois mantêm uma relação muito forte, em especial por se chocarem em diversos aspectos de personalidade e vontades.
Zero Hora - Como é ser a escritora mais jovem na lista da Granta entre os 20 melhores escritores brasileiros com menos de 40 anos? Como você vê esse reconhecimento?
Luisa Geisler - Não tenho como não ver como resultado de trabalho. Claro que, na lista, há escritores mais conceituados que eu, mas a seleção, por si só, tem mérito. Isso é uma honra, mas uma pressão imensa.
Zero Hora - O que levou você a começar a entrar no mundo da literatura? Quais são os escritores nos quais você se inspira?
Luisa Geisler - Veio do interesse de ler, igualmente cedo, estimulado pelos meus pais. Muitos autores me inspiram, desde gente do século 19 - Tchékhov, Machado de Assis - como gente de agora - André de Leones, Luiz Ruffato. Esses autores, cada qual de seu jeito, formaram meu "eu literário", um "eu" que gosta tanto de ler que sentiu vontade de escrever.