Diálogos Impossíveis é o nome de uma série de crônicas nas quais Luis Fernando Verissimo, com o humor que o caracteriza, coloca a conversar uns com os outros personagens históricos e/ou fictícios, sem dar bola para anacronismos. Sob essa vinheta, Verissimo já juntou Picasso e Goya a discutir pintura em um Museu do Prado em que apenas uma única pintura restava na parede, As Meninas, de Velásquez; já satirizou o encontro de dois célebres "homens-morcegos" da cultura pop: Drácula e Batman, um velho demais para combater o crime e outro, apesar de imortal, alquebrado pelos séculos e tornado inofensivo; já imaginou uma conversa entre o outrora poderoso líder da Revolução Francesa Robespierre e o executor enviado para matá-lo depois de sua derrota para os girondinos.
Os Diálogos Impossíveis incluem ainda conversas entre Albert Einstein e sua primeira mulher, Mileva; entre Albert Speer, o arquiteto de Hitler, e as flores do jardim da prisão de Spandau, onde passou 20 anos preso pelos crimes contra a Humanidade cometidos durante o apogeu do nazismo. Agora, esses textos estão reunidos na mais recente coletânea do autor, Diálogos Impossíveis (Objetiva), que Verissimo autografa na tarde do dia 28, um domingo (data ainda sujeita a alterações). Os "diálogos" vêm, no livro, intercalados com crônicas mais tradicionais do autor, observações agudas sobre o Brasil e o mundo. São textos nos quais Verissimo vai ao passado e cria conversas imaginárias que dizem muito sobre o presente, aproveitando para colocar na boca de seus personagens comentários sobre política, ciência, responsabilidade, arte e sociedade que servem prontinhos para nosso ainda jovem e tão tumultuado século 21.
Cheio de humor
Verissimo leva os protagonistas de seus 'Diálogos Impossíveis' à praça
A série de crônicas coloca a conversar uns com os outros personagens históricos e/ou fictícios
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