O Ministério Público (MP) opinou contra a cassação do registro da candidatura da vereadora reeleita de Porto Alegre Comandante Nádia (PL). O posicionamento consta em parecer anexado ao processo na terça-feira (9).
Nádia foi acionada pelo também vereador Roberto Robaina (PSOL) por ter participado de um evento no dia 30 de setembro, no qual foram entregues câmeras corporais e equipamentos, e foi inaugurado um novo centro de operações da Brigada Militar (BM). Robaina alega que a colega infringiu a lei eleitoral ao comparecer ao ato, o que é refutado pela defesa de Nádia.
No parecer do MP, a promotora Lúcia Helena Callegari considerou que a solenidade foi dividida em dois momentos, sendo o primeiro com a apresentação dos novos equipamentos, e o segundo com o descerramento da placa de inauguração, do qual Nádia não participou.
"Ao que se observa da prova testemunhal, neste momento, a Comandante Nádia estava se inteirando do funcionamento das câmaras corporais e, especialmente, das armas não letais, as quais seriam objeto de emenda parlamentar, para aquisição municipal. Ainda, dos vídeos existentes e testemunhas que prestaram depoimento, restou claro que não houve qualquer propaganda política no local", assinala o parecer.
Agora, as partes aguardam a decisão do juiz Roberto Behrensford da Silva, que deve sair ainda nesta semana.
Na sexta-feira (6), o governador Eduardo Leite depôs no processo, após ser arrolado como testemunha por Robaina.