Francisco Wanderley Luiz, o homem morreu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) após uma explosão, vestia um paletó verde com símbolos de naipes do baralho. Ele também carrega uma mochila.
Uma hora antes das explosões, Francisco fez uma publicação nas redes sociais com ataques ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). "Deixaram a raposa entrar no galinheiro", escreveu ele ao postar foto no STF.
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso. De acordo com o órgão, há suspeita de que o atentado tenha motivação política.
O que aconteceu
Duas explosões foram ouvidas na Praça dos Três Poderes por volta das 19h30min de quarta-feira (13). Primeiro, um carro, registrado em nome de Francisco, explodiu no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. O veículo estava carregado de artefatos explosivos, segundo a polícia.
Cerca de 20 segundos depois, houve uma nova explosão, desta vez próximo à sede do Supremo.
Quem era Francisco Wanderley
Natural de Rio do Sul, em Santa Catarina, Francisco Wanderley, conhecido como Tiu França, era filiado ao Partido Liberal (PL) e já havia se candidatado a vereador em 2020, mas acabou não se elegendo, conseguindo apenas 98 votos.
Ele não possuía antecedentes criminais e, em seu perfil no Facebook, se declarava como empreendedor, investidor e desenvolvedor.
Em entrevista ao portal Metrópoles, o filho de Wanderley disse que há meses não recebia notícias do pai.
— Ele tinha uns problemas pessoais com a minha mãe e estava muito abalado com a situação, e ele viajou. Foi só isso que ele falou. Ele só queria viajar. A intenção dele era ir para o Chile — disse.