A Polícia Federal (PF) realiza, nesta sexta-feira (25), operação contra suspeitos de desviar recursos públicos de cota parlamentar e falsificar documentos para beneficiar uma organização da sociedade civil. As informações são do g1.
Conforme apuração da TV Globo e da GloboNews, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e assessores estão entre os alvos. O parlamentar teria ainda, tido seu celular apreendido.
Ainda segundo apuração da TV Globo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com as buscas, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O g1 e a TV Globo tentam contato com Gayer. Em uma rede social, o deputado postou que foi acordado às 6h "com a porta sendo esmurrada pela Polícia Federal"
"Vieram na minha casa, levaram meu celular, HD, meu SSD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Alexandre de Moraes determinou essa busca e apreensão agora, aqui no documento não fala o porquê. Numa sexta-feira, sendo que a eleição é no domingo".
O deputado ainda disse que a única informação que sabe sobre o inquérito é a data de abertura, e que tem conhecimento sobre os mandados contra seus assessores.
Buscas no DF e em Goiás
Até as 7h30min, a PF não tinha divulgado detalhes sobre os envolvidos. Dizia apenas que os recursos, de origem pública, eram utilizados para manter empreendimentos privados.
Apenas na casa de um assessor de Gayer, os policiais encontraram mais de R$ 70 mil em dinheiro vivo.
Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Não há mandados de prisão nessa etapa da operação.
As ordens são cumpridas em Brasília (DF) e em quatro cidades de Goiás: Cidade Ocidental, Valparaíso, Aparecida de Goiânia e Goiânia.
A PF informou que investiga inicialmente os crimes de:
- associação criminosa;
- falsidade ideológica;
- falsificação de documento particular;
- peculato.
'Discalculia'
A operação foi chamada de "Discalculia" – nome dado a um transtorno de aprendizagem relacionado a dificuldades com matemática.
De acordo com a PF, as investigações identificaram uma ata falsificada nos documentos de criação da organização social.
No quadro social da entidade, havia nomes de crianças com idades entre 1 e 9 anos.