
O prefeito Sebastião Melo (MDB) confirmou publicamente que será candidato à reeleição em Porto Alegre no pleito deste ano. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (15), em ato político no Edifício Santa Cruz, no centro da Capital.
Embora a presença dele na corrida eleitoral fosse dada como certa, Melo vinha evitando o tema. Agora, o próximo passo será definir o companheiro de chapa, já que o vice-prefeito Ricardo Gomes não concorrerá neste ano.
Cercado por aliados que estarão em seu palanque, o prefeito foi o único a discursar e, em quase 30 minutos, elencou feitos do mandato.
Disse que em três anos e três meses de governo, recuperou a autoestima da cidade, incentivou o empreendedorismo e manteve relações estreitas com as comunidades da Capital. Também salientou que reduziu a alíquota do Imposto sobre Serviços para mais de 60 setores econômicos, manteve a passagem de ônibus congelada em R$ 4,80 e recuperou a cidade do temporal de janeiro "apesar da CEEE".
— Em nome dessas transformações é que serei candidato a reeleição — declarou Melo, às 12h35min.
Ele recomendou aos aliados que não misturem a campanha à reeleição com "as coisas de governo" e disse que a cidade "não pode se dividir"' em um sinal de que não deseja nacionalizar a campanha.
— Precisamos crescer e incluir pessoas na linha da dignidade, manter o equilíbrio das contas e fazer com que a prefeitura olhe para todos, especialmente os que mais precisam.
Com o auditório lotado, Melo foi ladeado no palco por secretários, vereadores e deputados que apoiam a tentativa de reeleição. Alguns portavam adesivo com a expressão: "Bora Melo".
Costura política
Além do MDB, o prefeito já conta com o apoio do PL, PP, Podemos, Solidariedade e PRD para buscar a reeleição. Ele também trabalha para confirmar o apoio do PSD, que tem a vereadora Cláudia Araújo como pré-candidata.
Outro provável aliado é o Republicanos — alguns membros da legenda, como o deputado estadual Gustavo Victorino, os vereadores Alvoni Medina e José Freitas e o ex-vereador Valter Nagelstein compareceram ao ato.
Em outra frente, aliados do prefeito almejam atrair o apoio da federação formada por PSDB e Cidadania. O empecilho é o desejo dos tucanos de lançar candidatura própria em Porto Alegre.