Uma operação conjunta da Procuradoria Geral da República (PGR), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Federal (PF) prendeu neste domingo (24) três suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018: Chiquinho Brazão, deputado pelo União Brasil, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), e o delegado Rivaldo Pereira, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ainda não foi divulgada manifestação da defesa de nenhum dos três.
Chiquinho Brazão
Chiquinho é irmão de Domingos Brazão e exerceu o cargo de secretário municipal de Ação Comunitária da prefeitura do Rio até fevereiro deste ano, quando pediu exoneração após surgirem os primeiros rumores sobre sua possível participação no crime. As informações são do jornal O Globo.
Ele ficou apenas quatro meses à frente da pasta antes de reassumir seu mandato na Câmara dos Deputados. Por envolver um deputado federal, a deleção de Ronnie Lessa foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e homologada na última terça-feira.
Chiquinho tem 62 anos e foi eleito vereador pelo Rio em 2004, 2008, 2012 e 2016. A última passagem coincidiu com a a de Marielle Franco, que assumiu em 2017. No Palácio Pedro Ernesto, Chiquinho foi presidente da CPI dos Ônibus, chamada para investigar possíveis irregularidades no transporte coletivo da cidade. Em 2018, Chiquinho foi eleito deputado federal e reeleito em 2022.
Domingos Brazão
Com mais de duas décadas de vida pública, Domingos Brazão coleciona envolvimento em suspeitas de corrupção, fraude, improbidade administrativa, compra de votos e até homicídio. Ele chegou a ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), por suposta compra de votos por meio do Centro de Ação Social Gente Solidária, mas com liminar conseguida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), manteve o mandato.
O conselheiro do TCE iniciou sua carreira política como assessor na Câmara Municipal entre 1993 e 1994. Em 1997 assumiu o primeiro mandato eletivo, como vereador da capital fluminense, mas ficou apenas dois anos no posto. Eleito deputado estadual, assumiu uma cadeira no Palácio Tiradentes em 1999, onde ficou por 17 anos.
Rivaldo Pereira
Rivaldo Barbosa é delegado e foi empossado chefe da Polícia Civil do Rio em 13 de março de 2018, um dia antes do atentado. Graduado em Direito, Barbosa era coordenador da Divisão de Homicídios e foi convidado para o posto pelo então interventor federal general Walter Braga Netto.
Segundo o portal g1, durante seu discurso de posse, Rivaldo enfatizou a necessidade de combater a corrupção no Estado. “Combater a corrupção é uma das minhas prioridades. Por isso, precisamos investir e fortalecer a inteligência para atuar em lavagem de dinheiro.”